OPINIÃO

Muito MiMiMi, pouco RiRiRi

Por Professor Sinuhe | O autor é colaborador de Opinião
| Tempo de leitura: 2 min

Mestre Machado de Assis, outrora, vociferara: "Muito riso pouco siso!"

O Bruxo de Cosme Velho quiçá não queria a seriedade, mas o juízo a que até dizem que a extração do dente de tal siso ajuíza o indivíduo! Estamos a viver um mundo muito chato, como também profetizou outro mestre, o gaúcho Luís Fernando Veríssimo: "A Terra é redonda, mas está ficando muito chata".

Ríamos dos gibis, de Os Trapalhões, da Família Trapo, de Ronald Golias, de Jô Soares, das mil personagens de Chico Anysio, hoje, tenta-se rir do escárnio ou das fobias que nos circulam e aprisionam!

Não há humor mais, há a acidez, nada contra stand-up, é um gênero típico que se faz com a humilhação lexical, com "tiradas" inteligentes ou não no país da piada pronta!

Quer entender o porquê dos stand-ups, assista a "O riso dos outros". O que lamento é a ausência da brincadeira sadia, não a que beira o preconceito, sofri até aos dezessete anos com a grandeza do meu nariz e com a estranheza do meu nome! Hoje, rio desses fatos ados que vêm ao presente, nem sempre ados a limpo!

Sinto falta das brincadeiras nas escolas, o tal do sarro, não há vida sem humor! Não que eu seja um cara que aguenta muito a zoeira, sou chato, mas iro a criatividade!

Pergunto-me a razão da ausência do riso, lembro-me de caras que fizeram de suas vidas o riso, o Preto, do time do Buffet Vilani; o Marcelo Dalla Ru, o Nando Alvarez, que adora uma piada nas redes sociais, e a alegria da Academia do Gian, o Renato "Mala" Amantini, ele tem sempre uma piada para divertir a todos em suas exaustivas sessões de exercícios!

Hoje, temos medo da anedota, de contar piadas que possam ecoar ao contrário e parecerem qualquer tipo de preconceito! "Faça humor, não faça guerra!". Lembram?

Lembre-se: "Sorria, que eu estou te afirmando! Sim, afirmando como um ser raro bem-vindo ao mundo dos sorrisos"!

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