
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) já causou 28 mortes em Piracicaba, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Entre os 365 casos confirmados entre janeiro e 9 de junho, 22 óbitos ocorreram em idosos com mais de 60 anos e seis em adultos entre 40 e 59 anos.
Apesar da gravidade da doença, a campanha de vacinação contra a gripe/influenza ainda apresenta baixa adesão no município. Até esta segunda-feira (10), apenas 36,95% do público prioritário foi imunizado – muito abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Desde o início da campanha, em 7 de abril, foram aplicadas 68.772 doses, sendo 39.801 destinadas a grupos vulneráveis, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos.
Para ampliar a cobertura vacinal, a prefeitura disponibilizou 70 pontos de vacinação em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs), com atendimento de segunda a sexta, das 8h às 15h. Em cinco UBSs – Caxambu, Centro, Vila Rezende, Novo Horizonte e Parque Piracicaba – o serviço também funciona das 17h às 20h. A lista completa das unidades está disponível no site do Jornal de Piracicaba.
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O vice-prefeito e secretário de Saúde, Sérgio Pacheco, reforça a importância da imunização. “A vacina é eficaz em reduzir a gravidade da doença e o número de hospitalizações, além de contribuir para a imunidade coletiva, diminuindo a propagação do vírus”, afirma.
A baixa cobertura vacinal preocupa as autoridades, especialmente diante do avanço da SRAG na cidade. Em 19 de maio, a prefeitura decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento das internações por infecções virais, principalmente em crianças. Um Centro de Operações de Emergência foi criado para monitorar o cenário, com atuação prevista por até 120 dias.