PRESSÃO NO CONGRESSO

Haddad corre para salvar plano fiscal e evitar alta do IOF

Por | da Redação
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Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil
A expectativa é fechar um acordo para compensar os R$ 20 bilhões que o governo esperava arrecadar com o aumento do IOF.
A expectativa é fechar um acordo para compensar os R$ 20 bilhões que o governo esperava arrecadar com o aumento do IOF.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne na noite deste domingo (8) com os principais líderes do Congresso para tentar evitar mais uma crise política: o ime gerado pela proposta de aumento do IOF. Pressionado por parlamentares e pelo mercado, o governo agora busca alternativas para cumprir a meta fiscal de 2025 sem elevar o imposto.

Leia mais: Governo anuncia corte de R$31 bi e alta no IOF para fechar contas

O encontro com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ocorre após o recuo parcial do Planalto sobre a taxação de investimentos no exterior. A expectativa é fechar um acordo para compensar os R$ 20 bilhões que o governo esperava arrecadar com o aumento do IOF.

Entre as medidas em debate estão a revisão de benefícios tributários, uso de dividendos do BNDES, leilões de petróleo, e mudanças nas regras do piso constitucional de Saúde e Educação. Parte dessas propostas pode exigir alterações constitucionais.

Na última semana, Haddad afirmou que o Congresso precisa estar “convencido” do plano para que avance. O ministro também indicou que só haverá recuo total na elevação do IOF se parte das medidas forem aprovadas. Segundo ele, há espaço para "calibrar" o imposto se houver avanço no pacote de ajuste.

Mais de 20 projetos foram protocolados no Legislativo para tentar barrar o decreto do IOF, o que aumentou a pressão sobre o governo. A equipe econômica, que já bloqueou R$ 31,3 bilhões do orçamento de 2025, tenta evitar novos desgastes em meio à promessa de déficit zero.

A meta fiscal deste ano prevê equilíbrio entre receitas e despesas, com tolerância de até R$ 31 bilhões de déficit. Para os próximos anos, o governo projeta superávits crescentes, a partir de 2026.

*Com informações do Metrópoles

Comentários

1 Comentários

  • Freitas 4 dias atrás
    Que falta faz Paulo Guedes, sucedido por um completo inapto.