O minoxidil é um medicamento indicado para o tratamento de condições relacionadas à perda de cabelo, como a alopecia. Apesar de ser frequentemente utilizado sem orientação profissional e confundido com cosmético, trata-se de um fármaco que requer prescrição médica e acompanhamento contínuo, devido aos possíveis efeitos colaterais.
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Inicialmente, o minoxidil foi desenvolvido como um tratamento para hipertensão arterial na década de 1970. Durante sua aplicação clínica, foi observado que pacientes apresentavam crescimento de pelos em áreas variadas do corpo, especialmente na face. Esse efeito levou à sua utilização em tratamentos dermatológicos voltados ao estímulo do crescimento capilar.
Em 1980, ou a ser utilizado no tratamento da alopecia androgenética em homens, e posteriormente, em formulações tópicas para uso em homens e mulheres com o mesmo diagnóstico.
Formas de uso e eficácia
O medicamento está disponível em duas formas principais: oral e tópica. De acordo com especialistas, os resultados variam conforme o quadro clínico do paciente e tendem a surgir entre três e seis meses após o início do tratamento. A eficácia está condicionada à continuidade do uso, já que a interrupção pode levar à perda dos efeitos obtidos em um período de quatro a seis meses.
O minoxidil oral tem sido prescrito em situações específicas, como alternativa para pacientes com dificuldade de manter a aplicação tópica regular. Ainda assim, a forma tópica é a mais utilizada por apresentar menor incidência de efeitos adversos.
Possíveis efeitos colaterais
O uso do minoxidil pode ocasionar reações adversas. Na forma tópica, os efeitos mais relatados são irritação, coceira e dermatite no local de aplicação. Já a forma oral pode causar efeitos sistêmicos, como taquicardia, palpitações, retenção de líquidos e hipertricose — crescimento excessivo de pelos em diferentes regiões do corpo.
Diante desses riscos, o uso sem orientação médica não é recomendado. A prescrição deve considerar o histórico clínico e a avaliação dermatológica para definir a formulação e a dosagem adequadas.
Realmente causa impotência?
Não há evidências científicas que relacionem o uso do minoxidil com impotência sexual. Também não há fórmula exclusiva para mulheres, mas a dosagem pode ser ajustada conforme orientação do profissional de saúde. O medicamento pode ser utilizado em qualquer região com presença de pelos, incluindo sobrancelhas.
As informações são baseadas em dados fornecidos pela farmacêutica Patrícia França e pelo dermatologista Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
